Nesta página, iremos abordar alguns dos equipamentos disponíveis para que tenhamos uma experiência estereoscópica simples e completa.
Como a história e o desenvolvimento da estereoscopia é cheia de "altos e baixos", ou seja, fases de grande interesse e desinteresse comercial, não daremos ênfase nos equipamentos em desuso. Entretanto, vez ou outra, encontramos vários deles sendo ainda comercializados em marketplaces de usados e, ocasionalmente colocaremos alguns também à venda em NOSSA LOJA.
Entre os principais equipamentos estão os de produção de imagens (câmeras e filmadoras estereoscópicas convencionais e digitais), os visualizadores (estereoscópios com lentes, óculos com lentes especiais, sistemas lenticulares, televisores, monitores e projetores 3D) e os auxiliares (softwares e interfaces conversoras de imagens).
PRODUÇÃO DE IMAGENS
Infelizmente, nestes dias, não temos nenhum fabricante produzindo câmeras estereoscópicas de uso comum (nos corrijam se estivermos errados). Porém, entre 2008 e 2015, no último "boom" da estereoscopia, tivemos muitos lançamentos de equipamentos interessantes, principalmente por marcas conhecidas como a Sony, Fujifilm, Panasonic e Olympus. Outros fabricantes lançaram novidades também, mas a maioria de qualidade duvidosa.
SONY
Apesar de também fazer câmeras digitais, a Sony se destacou pela produção de filmadoras HD estereoscópicas de qualidade. Já não podemos dizer o mesmo das câmeras fotográficas que, apesar de possuírem inúmeros recursos, na geração de imagens 3D (que é o item que nos interessa) ficaram a desejar, pois utilizaram um processo ineficiente, que produz imagens com efeitos muito fracos. Afinal, não se podia esperar muita coisa de um sistema que "simula" o efeito apenas utilizando uma lente (sem pedir o deslocamento da câmera).
Comparativo Técnico entre a W1 e a W3
Por esta razão, destacamos aqui apenas sua câmera portátil de maior sucesso.
Basicamente o sistema funciona assim: Na configuração 3D, você tira uma primeira foto e a câmera sobrepõe uma imagem transparente sobre a tela da próxima foto. Aí é só enquadrar a imagem anterior sobre esta e apertar o obturador. Se tudo for feito corretamente, ela processa e gera a imagem 3D num arquivo MPO. Infelizmente seus modelos não possuem tela para visualização sem óculos (como as da Fujifilm), mas são uma ótima e econômica alternativa para produção de imagens estereoscópicas em alta resolução de 14 megapixels e um macro de apenas 1 cm de foco.
Vídeo de Lançamento (espanhol)
Vídeo demostrando como funciona o sistema 3D da câmera (inglês)
Entretanto, estereoscópios com lentes (modernos e antigos), óculos com lentes especiais (anáglifos e polarizados), sistemas lenticulares, televisores, monitores e projetores 3D ainda podem ser adquiridos ocasionalmente nos marketplaces de usados, como já mencionamos anteriormente.
ESTEREOSCÓPIOS
O mais simples, muito utilizado em estudos cartográficos e ocasionalmente distribuídos juntamente com publicações 3D, trata-se de um instrumento com duas lentes reguláveis (ou não) para visualização de imagens estereoscópicas paralelas, impressas ou projetadas.
Os famosos dispositivos VR (realidade virtual), são na verdade estereoscópios modernos e mais sofisticados, permitindo a projeção de imagens paralelas em smartphones ou em suas próprias telas. Fazem exatamente a mesma coisa que os antigos estereoscópios do século 19, que permitiam a visualização de imagens impressas em cartões.
Outros bem populares, são os famosos View-Master, criados na década de 50, que proporcionam visões estereoscópicas de diapositivos (imagens de slides temáticos) num formato proprietário de disco.
São os mais baratos, simples e populares instrumentos para visualização de imagens estereoscópicas.
Composto basicamente de uma lente azul e outra vermelha (a base de acetato ou plástico transparente), moldura de papel ou plástico rígido, utiliza o sistema anáglifo (mistura de cores) que une as duas imagens estéreo numa única imagem, facilitando em muito sua publicação.
Existem também muitos tutoriais pela internet que ensinam a construir utilizando papel celofane e outros materiais encontrados em papelarias. De posse de um programa conversor (que iremos indicar mais a frente), consegue-se produzir boas imagens em 3D para este sistema.
O sistema anáglifo também utiliza outros padrões de cores, que explicaremos na seção de TÉCNICAS.
Outra forma de se visualizar imagens estereoscópicas é através do sistema que utiliza lentes lenticulares, sobrepostas a uma imagem previamente preparada. Não é um sistema simples, pois utiliza-se de programas sofisticados e de lentes importadas difíceis de encontrar.
É muito comum encontrar imagens populares 3D prontas, importadas da China em grande quantidade a preço popular. Porém, são poucas empresas que se aventuram a produzir aqui no Brasil.
O interessante deste sistema é que ele dispensa qualquer acessório para a visualização das imagens estereoscópicas. Algo semelhante é utilizado em alguma câmeras para a visualização 3D, como as Fujifilm, por exemplo.
Na esteira deste sucesso, surgiram também os lançamentos 3D para uso nos computadores (principalmente para gamers), liderados pela NVidea. Monitores que trabalham a 120 Hz (da Samsung) e kits estereoscópios (placa de video e óculos), completavam o conjunto. A Asus chegou a fabricar notebooks top de linha com esta tecnologia. Eram caríssimos na época e ainda muito valorizados atualmente.
Outra opção, eram os projetores 3D, que faziam grandes projeções ligados a um Blu-Ray ou a um computador com o kit apropriado.
Funciona mais ou menos assim: Você conecta na entrada da interface um dispositivo gerador de imagens (pode ser uma câmera ou um computador) e na saída dele, algum dispositivo para exibir estas imagens convertidas (neste caso, por serem anáglifas, pode ser um televisor comum ou um simples monitor). O resultado final não é um 3D impressionante (devido as limitações do processo), mas é interessante.
Infelizmente, estas interfaces (geralmente chinesas) são muito raras de se encontrar atualmente.
SOFTWARES DE CONVERSÃO 2D-3D ON-LINE
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